quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Danças Cubanas

                                         Salsa Cubana



A Salsa nasceu na Ilha de Cuba, mais propriamente em Havana, no interior dos famosos cabarets cubanos, na década de 40. Ela é uma mescla de vários temperos musicais, daí ser batizada com o termo que se refere aos condimentos gastronômicos que dão mais sabor ao alimento.



Ela une sua musicalidade básica, o som cubano, ao mambo e à rumba, provenientes também de Cuba, à bomba e à plena, originários de Porto Rico, ao samba brasileiro, enfim, compõe-se de uma fusão de vários ritmos afro-caribenhos, pois é igualmente inspirado pelo merengue que irradia da República Dominicana, pelo calipso que chega direto de Trinidad e Tobago, pela cumbia tipicamente colombiana, pelo rock enviado dos EUA e pelo representante jamaicano, o reggae. Versátil, atualmente ela aceita cadências mais recentes como o rap ou a música eletrônica.

O som cubano, esteio rítmico da Salsa, teve sua origem na área rural de Cuba localizada na porção oriental da ilha, em meados do século XVIII, marcado pelo influxo das cadências hispânicas, francesas e africanas. Essa mistura explosiva transformou-se logo em sucesso estrondoso nas cidades, em princípios do século XIX. Sua entrada triunfal na capital cubana se deu em 1909, através dos soldados do exército cubano. Mas é apenas na década de 20 que surge o Sexteto Habanero, conjunto que se destaca no estilo que se diferenciaria do som original.

Despontam no cenário musical, nesta mesma época, outras bandas, como o Septeto Nacional de Ignácio Piñeiro, nascido em 1927, o famoso Trio Matamoros, criado em 1925, que legou sucessos como El son de La Loma, El que Siembra su Maiz, La Mujer de Antonio e Lágrimas Negras, entre outras, aos amantes da salsa. Neste momento ainda se utilizam como instrumentos: Contrabaixo, Três (guitarra que tem três pares de cordas), Guitarra, Cravo, Maracas, Voz e um Trompete, que é opcional.

Mas logo surge na década de 40 o músico Arsênio Rodríguez, que imediatamente muda a forma consagrada do septeto e adiciona ao seu conjunto o piano, a tumbadora e três ou quatro trompetes, aproximando este formato ao dos dias de hoje. Na década de 50 ele segue para Nova York e cria outra orquestra, prenunciando o futuro movimento salseiro dos EUA. Este é desencadeado pela união de alguns rapazes em grupos juvenis musicais que passam a misturar diversas sonoridades que compõem um certo tempero latino-americano.


Na década de 50, a salsa atinge o auge em Cuba, com o aparecimento do incomparável músico Benny Moré, acompanhado pela Banda Gigante. Até hoje ele é o ícone salseiro entre os adeptos deste estilo musical. Depois da vitória de Fidel Castro, em 1959, e do bloqueio econômico à ilha, a salsa segue adiante em dupla jornada – no interior de sua terra natal e fora de Cuba, especialmente em Nova York.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Che Guevara

                                        Che Guevara

                             Che Guevara: o revolucionário socialista mais famoso do século XX

 

Ernesto Rafael Guevara de La Serna, mais conhecido como Che Guevara, foi um famoso revolucionário socialista do século XX. Argentino, nasceu na cidade de Rosário em 14 de junho de 1928. Faleceu em 9 de outubro de 1967, na aldeia de La Higuera (Bolívia).
Vida de Che Guevara

Nasceu numa família de boas condições sociais. Desde a infância sofreu com a asma e, por recomendação médica, sua família mudou-se para uma região de campo, próxima a cidade de Córdoba (região central da Argentina), que possuía o ar de melhor qualidade.

Desde a adolescência foi incentivado pelos pais a ler livros da biblioteca particular da família. Foi nesta fase que entrou em contato com a literatura socialista (Marx, Engels e Lênin).

Como o negócio da família estava indo mal, resolveu trabalhar ainda com 14 anos de idade. Sem largar os estudos, conseguiu um emprego numa Câmara próxima a cidade de Córdoba.

Em 1946, a família resolveu mudar para a cidade de Bogotá (Colômbia) e Che Guevara começou a cursar Medicina na Universidade. Nesta mesma época, conseguiu um trabalho numa tipografia. Fazia também trabalho voluntário numa instituição de pesquisas sexuais.

Com o final da Segunda Guerra Mundial, começaram os movimentos estudantis de protesto contra o governo populista argentino de Domingo Perón. Guevara participou destes protestos.

Em 1951, na companhia do amigo Alberto Granado, deu início a uma viagem de motocicleta para conhecer a situação política, social e econômica da América Latina. Visitou várias regiões carentes como, por exemplo, minas de cobre, povoados indígenas e leprosários. Ficou impressionado com a miséria e as péssimas condições de vida das camadas mais pobres da sociedade.

No ano de 1953, formou-se médico e retornou para a Argentina. Porém, passou a dedicar-se ao mundo da política. Neste mesmo ano, fez uma nova viagem pela Bolívia, Peru, Panamá, Colômbia, Equador,Costa Rica, El Salvador e Guatemala.

Após a viagem, conheceu Hilda Gadea, e com ela, teve a primeira filha, Hildita.

Entrada na guerrilha 

Em 1954, conheceu, no México, Raúl Castro e logo depois o irmão Fidel Castro. Entrou para o grupo revolucionário de Castro, que se instalou na região de Sierra Maestra, em 1957. Pretendiam derrubar o governo de Fulgencio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos, e implantar o socialismo na ilha.

Após a vitória dos revolucionários, em 1959 e a implantação do socialismo em Cuba, Che Guevara tornou-se membro do governo cubano de Fidel Castro, exercendo as funções de embaixador, presidente do Banco Nacional e Ministro da Indústria.

Em 1961, Che visitou o Brasil e foi condecorado, pelo então presidente Jânio Quadros, com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

Che Guevara acreditava que a revolução socialista, contra o imperialismo comandado pelos Estados Unidos, deveria ser levada para outros países. Lutou no Congo (África) e depois foi para a Bolívia, onde estabeleceu uma base guerrilheira. Pretendia unificar os países da América Latina sob a bandeira do socialismo e invadir a Argentina.

Com pouco conhecimento do território e sem apoio dos camponeses e do partido comunista boliviano, sua luta tornou-se difícil. Foi capturado pelos soldados bolivianos, na selva de La Higuera (Bolívia), em 8 de outubro de 1967. No dia seguinte foi executado.